Ismael e Chopin (Ficha de Leitura)

Título do livro: Ismael e Chopin

Autor: Miguel Sousa Tavares

Ilustrações: Fernanda Fragateiro

Editora: Oficina do Livro

1º Edição: Maio, 2010

Sobre o autor:

Miguel Andresen de Sousa Tavares é um jornalista e escritor português que nasceu em 1950, no Porto. É filho de uma grande figura da literatura portuguesa: Sophia de Mello Breyner Andresen, que foi poetisa e escritora. Miguel Sousa Tavares normalmente não escreve para crianças. Esta obra é um conto.

As personagens principais são: Ismael (o coelho número 29 de uma família de coelhos que teve 53 filhos) e Chopin (um compositor e pianista polaco que viveu em França e que escreveu obras muito conhecidas como os Noturnos, para piano a solo).

Resumo da história:

Ismael era um coelho bravo que vivia no bosque com os seus 52 irmãos. 

Era o filho 29 e foi o escolhido pelo seu pai (o coelho Maltese) para aprender todos os segredos do bosque e do mundo, mas ensinou-o também a ter cuidado com os homens. 

Certo dia, o Ismael ouviu um barulho que adorou e perguntou ao pai o que era. O pai disse-lhe que era a música. 

Mais tarde, Ismael começou a visitar a casa onde tinha ouvido a música. A cada dia que passava ele aproximava-se cada vez mais da casa. 

Um dia o músico descobriu-o e passaram a ser amigos porque Ismael sabia ler, escrever e entender a língua que o Chopin falava.

Chopin estava muito doente, mas continuava a compor música ao piano e a conversar com o Ismael. Passado algum tempo, chegou à casa uma senhora que convenceu Chopin a ir ao médico na cidade.

Antes de partir, Chopin entregou as músicas que ele tinha composto ao Ismael dizendo-lhe que os Noturnos eram para ele e sobre ele e a sua amizade. 

A partir desse dia nunca mais se ouviu a música do senhor Chopin naquela floresta.

  

Eu gostei de ler este livro porque fala sobre música que é algo que eu adoro e porque também gosto muito de coelhos. 

Inês Rego Marques, 10 anos (uma fotografia com o Ismael)!

O que é o Carnaval?

O Carnaval é uma festa móvel, ou seja, não tem data fixa no calendário, muda consoante a Páscoa. 

Esta comemoração acontece sempre entre um domingo e uma terça-feira (3 dias): o Domingo Gordo e a Terça-feira de Carnaval. O dia seguinte, é a chamada Quarta Feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma, ou seja um período de jejum que dura 40 dias antes da Páscoa. 

Jejuar ou fazer jejum é não comer tudo o que nos apetece. As famílias muito religiosas (cristãs/católicas) só voltam a comer doçarias e carne, ou refeições muito “fortes”, na Páscoa.

Assim, em Portugal, nos dias de Carnaval (que quer dizer quando “vale” comer carne) muitas pessoas se divertem em bailes e festejos, porque a próxima festa é a Páscoa e ainda falta um bocado. Em Portugal, também se come nesta altura uma coisa que a minha avó faz muito bem: as filhoses (que são parecidas com os crepes e panquecas feitas na França e no Reino Unido). 

Há Carnavais muito famosos no mundo como os do Brasil (Rio de Janeiro), de Itália (Veneza), de França (Nice) entre outros. 

Em Portugal, fazem-se desfiles de Carnaval (em Sesimbra, Ovar, Loulé, etc.) que querem imitar os desfiles brasileiros do Rio de Janeiro, mas aqui é inverno e o Carnaval é muito frio, por isso é difícil fazer algo igual. 

Os portugueses preferem usar os desfiles para criticar como o famoso desfile de Torres Vedras. Nesta cidade há um monumento ao Carnaval e os habitantes dizem que têm o Carnaval mais tradicional!

Eu li que o Carnaval teve origem na Roma Antiga, mas que depois os cristãos também adotaram esta festa.

Quando os meus avós eram da minha idade o Carnaval chamava-se Entrudo e quando eles eram jovens faziam brincadeiras uns aos outros nesta altura e vestiam-se com roupas velhas. 

Em Trás-os-Montes, os jovens ainda hoje se vestem de coloridos Caretos com chocalhos e fazem muitas brincadeiras como atirar farinha, entre outras. Os Caretos são vestidos por rapazes e representam figuras diabólicas e misteriosas que se portam mal.

Inês Rego Marques,10 anos.

Dragão-de-Komodo

O Dragão-de-Komodo é o maior lagarto do mundo e tem o mesmo nome que uma das ilhas da Indonésia onde vive. Para além da ilha de Komodo, também podemos encontrar

este réptil em mais cinco ilhas deste país. A Indonésia é o maior arquipélago do mundo, tem 17.508 ilhas. Este lagarto gigante gosta de zonas com temperaturas altas – mais ou menos 35 graus. O Dragão-de-Komodo está em vias de extinção (é considerada uma espécie vulnerável – frágil/em perigo). Só há cerca de quatro a seis mil Dragões-de-Komodo em todo o mundo.

Forma: São grandes lagartos, com cabeça e corpo achatado e simetria bilateral. Têm corpo ligeiramente achatado e a sua cauda é tão longa como o comprimento da cabeça e do corpo juntos. A língua é comprida, fina e bífida (dividida em dois). Tal como acontece com as cobras, este lagarto estica e recolhe a língua para obter informação do que acontece à sua volta. Podem chegar a ter 4 metros de comprimento e pesar até cerca de 150 quilos. São animais de muito boa visão e conseguem distinguir objetos a até 300 metros de distância.

Revestimento: Estes animais têm uma pele áspera e resistente. Os Dragões-de-Komodo podem ser de cor verde ou acinzentada ou acastanhada, com manchas negras e avermelhadas e/ou amareladas circulares. Têm escamas epidérmicas.

Locomoção: O Dragão-de-Komodo tem patas curtas e arqueadas com cinco longas garras em cada pata. A sua locomoção é feita no solo através da reptação (rastejar). Pode deslocar-se até 20 quilómetros por hora. São muito ágeis e rápidos. Também são bons nadadores. Enquanto são pequenos as garras servem para trepar às árvores. Em adultos, elas são como armas para lutar e caçar. Este Dragão está mais ativo durante o dia, apesar de ter alguma atividade noturna.

Alimentação: A dieta do Dragão-de-Komodo é muito variada e inclui dragões mais pequenos, aves, ovos de aves e mamíferos (macacos, javalis, cabras, veados, cavalos e búfalos). Este animal é um grande predador (caçador), mas por vezes não mata logo a sua presa. Ele morde-a e a infeção da sua mordedura vai matar o animal ao fim de alguns dias, uma vez que a sua saliva é totalmente tóxica. Quando sente o cheiro do animal morto (pode sentir este cheiro até sete quilómetros de distância) procura-o para o comer. A enorme boca e as suas grandes unhas ajudam-no a comer e se vários dragões querem a mesma presa ela é partilhada muitas vezes depois de algumas lutas. Normalmente, são os dragões maiores e com mais força que comem primeiro. 

Podem conseguir caçar grandes animais como búfalos, veados, porcos, javalis macacos e pessoas. Em apenas uma refeição, podem comer o equivalente a 80% de seu peso. Para beber, os Dragões enchem a boca com água, levantando a cabeça e deixando que a água desça pela garganta.

Assim, estes animais são omnívoros e necrófagos. Pode dizer-se que também têm comportamentos canibais, porque comem os mais jovens da sua própria espécie.

Reprodução: Os Dragões-de-komodo são normalmente animais solitários, no entanto, para se reproduzirem lutam pelas fêmeas com que depois acasalam. Cada fêmea pode pôr cerca de 30 ovos, por isso trata-se de uma espécie ovípara. A fêmea do Dragão-de-Komodo põe ovos em covas profundas. Para enganar possíveis predadores, as fêmeas constroem vários ninhos falsos além do ninho oficial, onde escondem os seus ovos por três meses. No entanto, estes animais também são capazes de reproduzir assexuadamente. Assim, conclui-se que a reprodução pode ser sexuada e assexuada.

Quando nascem, são bebés de apenas 30 a 45 centímetros de comprimento. Os jovens Dragões-de-komodo vivem em árvores por muitos meses alimentando-se de insetos, ovos e osgas, para não serem comidos por outros dragões mais velhos.

Só passam a viver na terra, como os outros animais da espécie, depois dos quatro anos de idade, quando já têm mais de um metro de comprimento.

Inês Rego Marques, 10 anos, :P